Québec: Terra de Oportunidades

Pai: o que vc quer ser qnd crescer?
Eu aos 8 anos: vou fazer medicina e direito. Ah, tb vou falar inglês e francês!

Pois é...não, eu não fiz nenhuma dessas duas faculdades. Sim, eu estudei as duas línguas. Não, eu AINDA não falo francês rs

A minha necessidade de conhecer o planeta e seus países...um tão diferente do outro, tantas culturas, tantas visões diferenciadas de um mesmo mundo, tanta história para se aprender, monumentos, museus, paisagens, pessoas! É isso! Se eu pudesse eu conheceria o planeta todo. Passaria o resto da minha vida viajando com breves pausas. Sem exagero! E foi essa minha paixão por aquilo que acontece do outro lado do globinho que me fez cursar a faculdade de Turismo. Não que eu achasse que na profissão iria viajar..não...mas eu sabia que eu ia estudar todo o sistema e aprender muito sobre outros países. Eu estava certa no que iria aprender e talvez errada na escolha como um todo. Mas isso é assunto para outro post.

Algumas vezes me pego pensando...me reavaliando. Porque tem tanta coisa acontecendo, tanta coisa pra se ver e vivenciar fora desse mundinho que a gente cria na rotina que me parece perda de tempo estar aqui parada, estagnada, presa. Nada me causa mais medo do que acordar dia após dia sabendo exatamente para onde devo ir e o que fazer. Odeio!

Acho que até viajei bastante desde que me conheço por gente. Pelo menos dentro do Brasil. Fora dele só duas experiências. E por mais que a França seja a minha paixão e eu tenha chorado ao chegar na Torre Eiffel (patético rs) é do Canadá que eu sinto mais saudade.
Mesmo porque passei mais tempo lá. Dois meses. Aprendi (nem que seja um pouquinho) a viver lá. E gostei(mt)do que eu vi. Eu achava que queria voltar por causa das saudades infinitas, mas acabei chorando na hora de fazer as malas.

E hoje eu penso em voltar e dessa vez para ficar. Pra sempre? Sinceramente não sei. Mas é uma grande possibilidade sim.
Sinto falta da neve, do estilo de vida, do transporte público, das paisagens, da visão diferente. Não sei se estou errada, mas percebi uma cultura voltada para a qualidade de vida em todos os aspectos. No transporte, no trabalho com jornadas menores, nas pessoas passeando com os cachorros, na comida (ainda estranha para mim, mas dentro do seu aspecto saudável rs), da preocupação com a educação, a sensação de segurança,mais oportunidades, mais leitura, mais respeito pelo ar livre, mais vida.
E eu gostaria muito de poder viver nesse "clima" e poder criar os futuros monstrinhos ou monstrinhas em um ambiente assim. rs

Por isso e para isso....comecei a me informar. Mês passado fui (fomos, meu irmão tb foi) em uma palestra realizada aqui em Curitiba pelo escritório de imigração do Québec. A palestra (que leva o título desse post) tem a intenção de esclarecer sobre os detalhes do processo provincial, sobre a cultura do Québec, sobre a ajuda que o governo oferece..tudo para convencer jovens capacitados a trocar o calor tropical pelos -20 do inverno canadense. Me convenceram? Talvez!

O que falta? Ganhar experiência na área que eu quero aqui no Brasil, juntar grana, voltar ao estudo da malditinha linda língua francesa, preparar o psicológico para a saudade da família e amigos e , claro, convencer o namorado (rsrs). Acho que os dois últimos quesitos serão os mais complicados.

Com isso...vou postar de vez em quando algumas curiosidades ou informações que eu encontre sobre o processo federal ou provincial ou outro aspecto que seja interessante.

Para aqueles que partilham do mesmo interesse aqui estão alguns sites:

www.gouv.qc.ca - Governo Québec
www.emploiquebec.net - Emprego
www.imigracao-quebec.ca - Esccritório de imigração
www.montreal.gouv.qc.ca - Portal de Montreal.


Por agora é continuar com a vida aqui. Que tb é mt boa =P

Voluntariado: fazendo a minha parte.

Depois de mais uma noite brincando e pintando com as crianças do Hospital Pequeno Príncipe...eu me pergunto: quem ajuda quem ali? Na verdade é uma troca. O meu tempo por sorrisos =D
Eu, meu avental amarelo "cheguei" e minha cestinha de brinquedos estamos lá toda semana (e assim espero poder continuar). Vc entra achando que tem problemas...e sai de lá tendo ctza que se eles realmente existem...não são tão ruins assim.
Eu faço a minha parte! E essa parte minha faz as crianças esquecerem pelo menos por um tempinho o ambiente, a dor e os aparelhos estranhos ao redor. Pq não brincar e pedir pra "tia" buscar o quebra-cabeças das princesas da Disney? E em cada exclamação de "oba! hora de brincar!" eu tenho ctza do que estou fazendo ali.

O Hospital Pequeno Príncipe (sem o intuito de fazer propaganda) tem um dos programas de Humanização Hospitalar mais completos que dá suporte desde o acompanhante permanente no Família Participante, treinamento sobre humanização para os colaboradores, eventos comemorativos até o voluntariado.

Nem tudo são flores! Tem que ter cabeça para os aspectos tristes do processo...e dá aquela preguicinha..qnd penso em atravessar a cidade. Nada que a lembrança do último dia de voluntariado não resolva.

Se interessou? Dá uma olhada http://www.hpp.org.br

Ah...sim! A pós começou e to amando (por enquanto rs). Estou em desvantagem porque quase todos trabalham na área e conhecem termos...resoluções..leis...e atualidades do sistema de saúde brasileiro. Tudo bem...eu corro atrás do prejuízo! O primeiro módulo acaba esse final de semana...e que venha o próximo!!

Casa vazia!

Após um (in)útil post inaugural....

Até ontem minha casa era só barulho, desenho na TV, mamadeira, bonecas, gritos (rs) e uma mistura de socos e chutes durante a noite (rs). Claro que estou falando da pequena Lia (3 anos, afilhada minha) que foi embora ontem de manhã com a mamãe dela...e eu fiquei aqui.....
Que sensação estranha!
Depois de 3 semanas juntas vem o choro no aeroporto...e depois o silêncio na casa que incomoda muito. Como amo essas duas pequenas pessoas.
Meninas, muito bom ter vcs aqui! Nesse momento o Rio de Janeiro parece tão longe! Se cuidem e voltem logo!

Mudando de assunto...
A tarde de hoje foi dedicada a saga da procura por emprego. Ai ai..e lá se foram mais 23 e-mails com meu curriculum. Será que é tão difícil assim os hospitais dessa cidade contratarem? A pós começa essa sexta (nem acredito!) e espero que a partir de agora o ano realmente comece pra mim. Logo eu que não sei ficar parada, que odeio essa vida calma e doméstica...
Em tempo...alguém aí quer me contratar pra trabalhar com hotelaria hospitalar?

E que venham as entrevistas!!!

O primeiro post a gente nunca esquece =P